quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nota da Juventude do Espaço Socialista - Pelo fim da repressão nas universidades

Como a repressão avança nas universidades brasileiras é fundamental sabermos o que está acontecendo com os estudantes em vários países (como no México e no Chile) e em diversos cantos do Brasil.

Na Unifesp, em Guarulhos, são mais de 100 estudantes processados, não sabemos ao certo quantos foram presos. Na USP, há menos de um ano, 73 estudantes foram presos, sofrem ainda processos criminais e muitos outros sofrem processos administrativos. Na Fundação Santo André a situação é parecida, cerca de 30 alunos sofreram ou ainda sofrem processos. Sindicâncias são abertas de forma arbitrária, os alunos são constantemente intimidados e a mobilização estudantil é vista como atividade criminal. Na UFES, federal do Espírito Santo, a repressão aos estudantes está na ordem do dia. A polícia tem livre acesso ao campus da Universidade e recentemente 3 estudantes foram detidos – todos faziam parte do movimento “Minha UFES, Minha Casa”, que reivindica a moradia estudantil. A permanência do trabalhador, principalmente o que luta, na universidade está cada vez mais questionada por meio de processos administrativos que visam à expulsão e processos criminais que tentam amedrontá-lo e afastá-lo da luta por outra universidade. Esses fatos não são produtos de uma coincidência, nem são fatos isolados. Estamos diante da criminalização da luta estudantil que é parte de um processo mais amplo de criminalização dos movimentos sociais.

Nós, estudantes, precisamos nos unir para enfrentarmos essa situação em cada faculdade, universidade, CAs e DCEs! Precisamos nos juntar nas lutas e aos movimentos sociais!

Reafirmamos nosso total apoio à luta contra a repressão e em defesa de todos os lutadores. Fazemos parte dos que lutam! Estamos juntos com os processados, não somos criminosos!

Defendemos um ensino público, gratuito e de qualidade. Pelo fim das perseguições, prisões e processos! Não aceitamos a criminalização do movimento estudantil e de nenhum outro movimento de luta!! Por uma educação a serviço dos trabalhadores!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

UNIFESP: vídeo desmente versão da PM

Novo vídeo mostra que a manifestação dos estudantes na UNIFESP Guarulhos foi pacífica e não gerou dano algum ao patrimônio da parte do movimento, desmentindo as acusações que motivam processos em cima dos estudantes e o risco inclusive à expulsão. 

Em defesa da luta dos estudantes por uma universidade pública, gratuita e de qualidade para os trabalhadores e contra a repressão aos movimentos sociais!




domingo, 7 de outubro de 2012

Perseguição e repressão aos estudantes na Fundação Santo André




Divulgamos nosso material de denúncia.

Educação a serviço de quem?


>> Versão em pdf



A quem não sabe, atualmente, 7 estudantes da FAFIL estão sofrendo um processo de sindicância, movido pela reitoria da FSA. Acusados de vandalismo, perturbação da ordem e dano ao patrimônio público, os estudantes estão sendo chamados a responder a inquéritos que visam os incriminar, correndo estes ao final da sindicância o risco de ser expulsos da Universidade e perder seu direito de estudar. Professores também já foram desligados e estão sendo processados, a Associação dos docentes da FSA denunciou em uma carta aberta a perseguição aos professores.

Cacalano e seus parceiros de gestão têm acumulado impopularidade por meio dos ataques desferidos contra a comunidade acadêmica, como o aumento das mensalidades, o fechamento de turmas, sua férea política de cobrança de mensalidades, o impedimento da matrícula dos inadimplentes, seu autoritarismo e outras medidas e já tinham anterioremente ainda neste ano encampado processos administrativos contra outros estudantes.

Na tentativa de aplicar com maior tranquilidade uma política que só favorece a si própria, recentemente, a gestão Cacalano, com o fiel apoio de Miriam Lernic, Diretora da FAFIL, têm também marginalizado e fechado espaços históricos de representação e luta dos estudantes por não serem convenientes a aplicação desta política. Por esse motivo o Diretório Acadêmico, que é um histórico aglutinador da resistência contra esse tipo de políticas, foi emparedado e considerado ilegal.

Da legalidade para a ilegalidade, do legítmo para o ilegítimo, a reitoria apresenta: o samba da conviniência!

Apesar de não reconhecer a legalidade e legitimidade do Diretório, a reitoria entrou com processo contra uma estudantes representante do DA pedindo uma indenização de R$10.000,00.

Em 2009, a gestão Cacalano se elegeu de forma oportunista subindo nas costas do movimento estudantil, que rechaçava a reitoria da época. Para isso, àquele tempo, a gestão Cacalano considerava legítima a representação estudantil: hoje, não mais.
Fica claro portanto que para a reitoria, o reconhecimento ou não da representação estudantil é portanto abritrário, muda de forma quantas vezes for necessário, da forma que melhor convir.

Existe uma clara contradição dentro da FSA. Em seu discurso a Universidade defende a democracia, mas em sua prática cotidiana criminaliza a luta política. Contradiz igualmente seu próprio regimento e ordenamento jurídico que diz que todos podem se manifestar e se expressar, inclusive mediante críticas.

Diferentes gestões, o mesmo projeto..

A gestão Cacalano não pode ser vista porém como o único problema dos estudantes. Se fosse assim, a derrubariamos, como já derrubamos outros no passado e tudo se resolveria.

O projeto de Universidade que tenta aplicar a atual reitoria na FSA se assemelha a muitos outros aplicados em diversas instiuições de ensino no país, pois reflete uma política geral para a educação em uma sociedade comanda por uma minoria de empresários em detrimento das necessidades da maioria trabalhadora. Neste contexto, a educação está afinada ao seu projeto para a sociedade como um todo e se subordina às necessidades do capital e do mercado, o que inclui a tendência à elitização e privatização do pouco que resta do ensino de público superior de qualidade e a crescente mercantilização geral da educação por meio do incentivo às instituições de ensino privadas, com um assustador rebaixamento da qualidade de ensino.
Por uma outra educação

Lutamos por uma educação na contramão disso, que atenda às necessidades dos trabalhadores, que seja pública, laica, gratuita e de qualidade. Lutamos para que possamos tomar conhecimento do partimônio teórico produzido até hoje pela humanidade e que ele esteja a serviço do bem-estar da sociedade não do lucro de um punhado de capitalistas. Acreditamos que isso só é possível por meio da reorganização dos estudantes não só na FSA como nacionalmente.

Denunciamos a perseguição aos estudantes, por meio destas medidas arbitrárias, sem nenhum embasamento ou prova concreta, que impedem a livre organização dos estudantes
Lembramos à reitoria que não cabe a ela decidir sobre a legitimidade do D.A, e sim aos alunos, somente aos alunos, e estes elegeram sua diretoria e a consentem.

Repudiamos a tentativa da reitoria de desmobilzar o movimento estudantil para que mais facilmente aplique suas políticas de sucateamento da FSA

Entendemos as sindicâncias e processos administrativos em curso na FSA como parte de um processo maior de criminalização dos movimentos sociais e organizações de trabalhadores, como a prisão de 73 estudantes na USP, os processos administrativos a estudantes e funcionários, a repressão, violência e prisão dos estudantes da UNIFESP Guarulhos, a repressão aos diversos movimentos de luta por moradia no último período.

Alertamos para o cerceamento da liberdade de expressão cada vez maior e mais explícito dentro da Fafil, onde a livre organização dos estudantes está sendo tratada como uma atitude criminosa, passível de investigação e punição.

Reconhecemos o Diretório Acadêmico como ferramenta de luta dos estudantes.

Chamamos aos estudantes a construir uma ampla campanha contra a repressão dos que lutam, somando-se em repúdio às atitudes persecutórias da reitoria e em defesa do diretório acadêmico como ferramenta de luta legítima dos estudantes.


Juventude do Espaço Socialista

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estudantes são presos arbitrariamente dentro da UFES


Na madrugada de ontem, 3 estudantes que participavam da exibição de um filme que acontece toda quinta organizada por estudantes do curso de geografia (Geo dub) foram presos sem apresentação de justificativa.





quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Repressão avança na UNIFESP



A repressão avança também na Unifesp,

Mais de 100 estudantes processados.

Divulgamos abaixo a carta dos lutadores e manifestamos nosso total apoio à luta contra a repressão e pelo ensino público de qualidade.

Saudações socialistas!




Unifesp - Cartas aos estudantes 

Carta aberta aos estudantes, professores, funcionários e aos moradores de Guarulhos Estamos sendo intimados um a um a prestar depoimento sobre o movimento em defesa da Unifesp de Guarulhos. Começou uma nova fase da perseguição política contra os estudantes que foram presos. O reitor e governo querem nos punir com a expulsão. Estamos diante da criminalização da luta estudantil por uma causa justa. Toda força à nossa campanha pelo fim dos processos e das perseguições! Vocês sabem perfeitamente que lutamos por uma causa. Em nenhum momento da greve e da ocupação da Unifesp Guarulhos, estivemos movidos por interesses particulares deste ou aquele grupo, deste ou aquele setor da universidade. Pôr em pé o edifício do campus foi e é nossa causa. Estamos certos que ninguém de sã consciência poderá dizer o contrário. Os estudantes que tiveram à frente do movimento assumiram com maior determinação a reivindicação junto ao reitor e ao governo federal. Por isso mesmo, somos mais de 100 estudantes processados pela Polícia Federal, juntando os dois processos. Uma parcela arca com dois deles, o que mostra que não era a repressão que os demoveria da causa e da justa luta. Logo após o fim da longa greve o reitor e o governo anunciaram a verba e o projeto de construção. Somente diremos que foi uma conquista quando inaugurarmos o novo campus. Mas, sem dúvida, nosso movimento, nossa ocupação, a invasão policial e as prisões coletivas obrigaram que as autoridades dessem um passo adiante. Obrigaram que um grupos de professores encastelado na burocracia da instituição viesse à luz do dia dizer que a Unifesp no Bairro dos Pimentas é temerária, sem sentido acadêmico e afastada de seu projeto elitista. A greve, a ocupação e as manifestações exigiram um debate, que ganhou as páginas da grande imprensa. Os três setores que compõem a universidade foram obrigados a se pronunciarem. Os professores – a maior parte – se colocaram contra os estudantes. Como se vê, não escondemos nada. Fomos transparentes em nossa reivindicação e firmes no uso do método coletivo de luta. Nosso movimento somente poderia ser assim porque lutamos por uma causa específica, que a da construção do prédio de Guarulhos e uma geral, que é a do ensino público e gratuito. Esse conteúdo e a movimentação coletiva explicam por que mais de 100 estudantes estão processados. A criminalização que sofremos objetiva quebrar a determinação com que enfrentamos a intransigência e resistência das autoridades em reconhecer as reivindicações e em atendê-las. Trata-se de uma ação política da reitoria e do governo, com apoio de setores autoritários e reacionários da burocracia universitária. Nós estudantes, selecionados para pagar por todo o movimento, somos vítimas da perseguição política. O processo que nos foi imposto é de ordem política. É escabrosa a imputação de “formação de quadrilha”. Deveria assombrar os professores que têm alguma ligação real com o ensino e a educação, que conservam alguma noção de verdade e que prezam pela política como força transformadora. Nossas reuniões, assembléias, manifestações e ocupação estão consagradas pelos movimentos sociais. Taxá-las de formação de quadrilha, de ação predadora e de violência gratuita é usar a justiça como instrumento da mentira, da falsificação. Viemos diante dos estudantes, dos professores, dos funcionários e da população defender nosso movimento e a sua causa. Fazemos uma campanha de denúncia contra esse processo judicial como criminalização política dos estudantes que ombrearam as forças contrárias às reivindicações e à nossa ação coletiva. Estamos sendo chamados um a um para prestar depoimento, como se a responsabilidade fosse individual. Assumimos a greve e a ocupação como um método coletivo de luta. Assumimos todos os conflitos que despertam. Mas como acontecimento social e político. A pecha de crime é uma arma do poder que nos oprime, contra o qual nos chocamos. Chamamos os estudantes e a todos que aceitem que há uma criminalização do movimento social a reforçarem nossa mobilização para derrubar o ataque ao direito de manifestação, tal qual expressou nossa greve e nossa ocupação. Pelo fim dos processos! Abaixo a criminalização das lutas! Derrotemos a perseguição política da burocracia universitária e do governo federal!Levantemos no alto a bandeira: construção já o campus de Guarulhos no Bairro dos Pimentas! --

Mas, quando entre camaradas
nos encontramos e ousamos sonhar futuros.
Quando a teoria nos aclara a vista
e com o povo,
ombro a ombro,
marchamos.
Respondemos: vale a pena viver,
quando se é comunista. (Mauro Iasi)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Repressão na Ufes: Carta do Movimento Minha Ufes Minha Casa

Na madrugada do dia 19 de Setembro, em Vitória, ocorreu uma ação violenta contra estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que mantinham o acampamento do movimento "Minha Ufes Minha Casa" reivindicando moradia estudantil digna, na defesa de um projeto de universidade diferente.
Recebemos dos companheiros do movimento a seguinte carta, que divulgamos a todos.

Este é mais um dentre tantos recentes episódios de repressão aos que lutam. Repudiamos a ação violenta da reitoria da UFES e oferecemos todo nosso apoio à luta dos estudantes.


Acesse também link de jornal local com notícia e vídeo do dia da desocupação.

Como leitura complementar ao tema, indicamos o texto "A repressão policial e a democracia brasileira andam juntas", que faz parte da campanha de denúncia anti-capitalista da repressão, do Espaço Socialista.

Boas leituras!


AO ESPAÇO SOCIALISTA

APRESENTAÇÃO DO “MINHA UFES, MNHA CASA”

O “Minha UFES, Minha Casa” é um movimento que luta por um novo projeto de universidade pública, verdadeiramente popular e de qualidade.  Para tal, cremos ser preciso que os filhos dos trabalhadores e os próprios trabalhadores possam ingressar, permanecer e ter acesso a todos os espaços e instâncias da universidade. Neste cenário, o movimento retorna à pauta histórica da moradia estudantil por considerar ser esta um fator de fundamental relevância na democratização plena do acesso ao ensino superior. A moradia estudantil na UFES é uma reivindicação antiga, que inclusive por diversas vezes foi utilizada por candidatos à reitoria com o fim único de eleger-se.
No dia 1 de agosto de 2012 surge o “Minha UFES, Minha Casa”. Um grupo de estudantes componentes do Comando Local de Greve Estudantil decide acampar no campus de Goiabeiras, em Vitória,  em protesto contra a falta de moradia estudantil e para fazer pressão em prol da execução imediata do projeto de moradia que existe desde 2010, ano do último movimento por moradia organizado na UFES. O local escolhido para montar acampamento foi o gramado da portaria norte da UFES, bem em frente à Av. Fernando Ferrari. Neste espaço, com o apoio do SINTUFES, principal apoiador do movimento, foram montadas, além das barracas, uma tenda que era local de encontro e reunião de estudantes e técnico-administrativos. Neste mesmo local, várias atividades foram desenvolvidas, como grupos de debate, cinema e oficinas. Mas, pelas dificuldades inerentes ao próprio local, como vento excessivo que quebrava barracas, falta de banheiro e água nas proximidades, exposição à chuva, dentre outros, o acampamento, no seu 36° dia, mudou-se para o vão externo da Biblioteca Central.
Uma estrutura de barracas, sala e cozinha foi montada e as atividades continuaram a ser desenvolvidas. Apresentação de filmes, debates e uma aula-debate com o Prof. Dr. Paulo Scarim, do Departamento de Geografia, que dividiu com os presentes sua experiência de luta por moradia estudantil na Universidade Estadual Paulista (UNESP).   Após duas semanas de ocupação do vão da biblioteca, às 14:20h do dia 16 de setembro de 2012, alegando risco iminente ao patrimônio da Universidade e acervo da Biblioteca Central, uma reintegração de posse do vão da biblioteca foi executado, inclusive com a presença arbitrária da polícia militar. Sem qualquer resistência à ordem judicial, o grupo desmontou o acampamento e retirou-se do local.
Na terça-feira, dia 18 de setembro de 2012, o grupo decidiu por mudar mais uma vez. O local escolhido foi um espaço do anexo do CCHN (Centro de Ciências Humanas e Naturais). A ocupação do local foi acompanhada pelas guardas federal e patrimonial atuantes na universidade e todo o possível foi feito para que o acampamento não atrapalhasse o fluxo das pessoas nem o funcionamento normal dos setores próximos. Deve-se também destacar que todo o processo de ocupação ocorreu sob o protesto do Sr. Aníval Luis dos Santos, chefe de segurança da UFES e do Prof. Dr. Júlio Bentivoglio, vice-diretor do CCHN. Na noite do mesmo dia, às 23:30 h, quando o campus estava fechado e ninguém mais além dos ocupantes estavam presentes, o Sr. Aníval abordou o grupo acompanhado de três guardas patrimoniais afirmando que tinha um mandado de reintegração de posse e que este era urgente. Questionado sobre onde estava o documento, o mesmo afirma que não há a necessidade, pois ele próprio era o mandado. Foi então solicitado que se esperasse ligar para as representações da reitoria em diálogo com o movimento, mas antes que fosse possível realizar a ligação, o Sr. Aníval chamou, com um assovio e um aceno, um grupo de mais de vinte homens com o uniforme da PLANTÃO, que é a empresa terceirizada responsável pela segurança patrimonial da universidade. Munidos de cacetetes, tacos de baseboll, armas de fogo, faca, canivetes e fogos de artifício, os seguranças rasgaram as barracas e, usando cassetete e tacos, quebraram todas as barracas com todos os pertences dos estudantes ocupantes (como computador, celular, roupas, livros, documentos pessoais, dinheiro...). À base de chutes, socos, armas encostadas na cabeça, cacetadas e violência verbal, os estudantes foram expulsos do campus, numa clara tentativa de minar o movimento a qualquer preço. Interessante destacar que durante toda a ação criminosa o Sr. Aníval Luis dos Santos esteve presente, acompanhando passivamente toda a violência que ocorria na universidade. Dois dias após a expulsão doa alunos ocupantes, um professor denunciou ao movimento que um grupo de docentes e funcionários da ultra-direita da universidade está se articulando para conseguir, ou se necessário criar, provas para criminalizar os integrantes do movimento.
O movimento “MINHA UFES, MINHA CASA” entende que ação criminosa e facista do Reitor, Prof. Dr. Reinaldo Centoducati, é a coadunação e a perpetuação do modelo falido, perverso e excludente de ensino superior feito no Brasil. Modelo que é, em sua essência, reflexo da sociedade brasileira e capixaba. Este movimento se propõe a posiciona-se diante da pauta moradia estudantil com uma postura firme e afirma, pelo fervor da vontade de nossos espíritos ser o último movimento por moradia desta universidade. Quanto à organização do grupo, o movimento se pauta nos ideais revolucionários libertários em suas metodologias e planos de ação, sempre se pautando no diálogo e na democracia da voz. Já houve avanços nesses 53 dias de ocupação no campo da negociação. Sucessivas reuniões com a vice-reitora, Profª. Drª. Maria Aparecida Barreto, com o chefe do gabinete do Reitor, Sr. Renato Schwab e com a Pró-Reitora de Gestão de Pessoas e Assistência Estudantil, Srª Lúcia Cassati resultaram em avanços na discussão da pauta no sentido de se definir e avaliar cada possibilidade para solucionar o problema da falta de moradia estudantil. Alguns documentos sobre a estrutura de prédios da universidade estão sendo liberados. No momento as discussões continuam, mas os avanços reais na pauta ainda estão muito aquém do desejado. O movimento lamenta a falta  de vontade política e o completo desinteresse de nossos gestores para com relação às demandas dos estudantes. A morosidade e a má vontade por parte da reitoria durante o processo de negociação foram o único responsável por toda a violência sofrida pelos estudantes violentados.  No momento as atividades do acampamento estão se concentrando no trabalho de base, com o levantamento da discussão e o convite dos alunos que necessitam de moradia venham nos apoiar e efetivamente morar conosco, em nossa residência. O movimento “MINHA UFES, MINHA CASA” entende o desafio que está por vir. Mas reitera sua obstinação de cumprir o que colocou como meta principal que é ser o último movimento por moradia de nossa tão querida universidade.
Movimento Minha Ufes, Minha Casa
Vitória, Setembro de 2012