terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A luta ontem e hoje: Resgate das edições impressas do Jornal Rebeldia Socialista

Salve, juventude!

Resgatamos algumas edições do Jornal Rebeldia Socialista, antigo encarte da juventude do Espaço Socialista. Na edição de Julho/Agosto de 2007 temos uma matéria do companheiro Daniel Delfino, ex-estudantes de Filosofia da USP, abordando o movimento estudantil da universidade. 

Assembléia dos estudantes em 2007, em frente à reitoria ocupada.

O resgate da matéria de 2007 mostra claramente que os ataques de Rodas  na Universidade de São Paulo, atual reitor, são continuidade de um projeto da burguesia que visa destruir o acesso dos trabalhadores à Universidade pública. O artigo, de 5 anos atrás, mostra já naquela época as tentativas de ataque à autonomia universitária, à moradia estudantil e à contratação de professores propostas pelo Governador Serra. 


Repressão ao movimento, em 2011, após a desocupação da reitoria e a prisão de 73 estudantes


O artigo nos permite ver também o avanço da repressão aos que lutam, que naquela época não chegou aos pés do que vimos em 2011, com 73 estudantes presos e agora em 2012 com mais 8, todos sendo investigados criminalmente, chegando ao número assustador de quase a uma centena.

Leia aqui (PDF 217.12 KB) o exemplar do Jornal Rebeldia Socialista, de que falamos.

Saudações de luta!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O samba contra o aumento das mensalidades na PUC Minas



O samba contra o aumento das mensalidades na PUC Minas      Assista ao VÍDEO!


Por Marcela Chagas Pinheiro


      Na noite desta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, gritos de ordem como “educação não é mercadoria” e “reitor, eu não me engano, o meu dinheiro vai pro Vaticano”, estremeceram os muros da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Unidade São Gabriel e embalaram o pré-carnaval contra o aumento das mensalidades de 9,8%, efetivado pela instituição no início de 2012.
    Mais de 500 estudantes se organizaram para manifestar e exigir a revogação do aumento, que não fora justificado de maneira plausível aos maiores interessados: os alunos. A proposta do evento encabeçado pelas entidades estudantis do campus e alunos de diversos cursos era chamar a atenção da comunidade acadêmica e convocar os estudantes a participar do ato político que se iniciou com um bloco de carnaval, com passagens em salas e em diversos espaços da instituição.
 
    Depois da manifestação, fora marcada uma audiência pública com a presença do reitor da PUC Minas, para que as devidas explicações e negociações fossem discutidas junto à comunidade discente. Mesmo ciente do acontecimento e do convite, o reitor não esteve presente na audiência.
    Diante da ausência do reitor e de qualquer pessoa que o pudesse representar, os estudantes se organizaram e decidiram que as ações futuras para manter o protesto será a paralisação dos alunos às aulas.
    Para fechar o ato, os estudantes foram às ruas e ocuparam de maneira pacífica a portaria da universidade, bloqueando a passagens de carros por cerca de vinte minutos.
Dessa forma, busca-se pressionar as autoridades acadêmicas e cobrar sua presença para dialogar com o corpo discente da universidade sobre o aumento não justificado de 9,8% nas mensalidades, que como sempre foi executado sem qualquer tipo de consulta aos estudantes.
 
Nos últimos três anos, as mensalidades acumularam um aumento de 23,6%, muito acima da inflação no período, que ficou em torno dos 16%. Além do aumento, os estudantes não tem acesso a informações sobre o que é feito com tanto dinheiro. Na maioria dos cursos não aconteceram melhorias significativas nos laboratórios, bilbiotecas ou na infraestrutura que justifiquem essa medida.
Um novo grande protesto irá acontecer nos dias 16 e 17 de fevereiro, convocando os alunos a aderirem à paralisação.
Enviem moções de apoio para: http://www.facebook.com/sambediferente



TODOS MOBILIZADOS PARA A PARALISAÇÃO!
REVOGAÇÃO IMEDIATA DO AUMENTO! A REITORIA TEM QUE NEGOCIAR!
ABERTURA DAS CONTAS DA PUC-MINAS PARA QUE SAIBAMOS O QUE FAZEM COM O NOSSO DINHEIRO!
NENHUMA PUNIÇÃO AOS ESTUDANTES QUE LUTAM!
EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA, É DIREITO HUMANO!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

NOTA DA ANEL SOBRE A PRISÃO DE MAIS 12 ESTUDANTES NA USP

Lutar não é crime! Liberdade e anistia aos 12 estudantes presos da USP!



Abaixo a ditadura de Rodas e do PSDB!
Lutar não é crime! Liberdade e anistia aos 12 estudantes presos! Fora PM do Campus!
Assistência estudantil é um direito!

Nesta manhã de domingo de carnaval, mais um triste fato marca a história da Universidade de São Paulo. Por volta das 5h da manha, mais uma vez o Reitor Rodas acionou a Polícia Militar para sitiar a Universidade, dessa vez para acabar com a ocupação da moradia Retomada. 12 estudantes foram presos, apesar de não terem resistido. Lutar não é crime! Repudiamos categoricamente a ação truculenta de Rodas e da PM! Defendemos liberdade imediata aos 12 colegas presos e exigimos anistia completa de todos os estudantes!

Infelizmente, a truculência e a falta de dialogo tem sido a marca da Reitoria da Universidade de São Paulo. Depois do dia que a USP amanheceu literalmente sitiada, com 400 homens do batalhão de choque para prender 73 estudantes, depois da tentativa de derrubar a sede do Núcleo de Consciência Negra, depois de expulsar 6 estudantes que participaram da luta pela Moradia Retomada, depois de lacrar e retomar o espaço estudantil, Rodas mais uma vez mostrou a que veio: Reprimir para privatizar!

Em março 2010, diante da triste situação da assistência e permanência estudantil na USP, quando mais de 100 calouros que tiveram o alojamento emergencial negado pela Coordenadoria de Assistência Social, estudantes retomaram um espaço no Conjunto residencial da USP (CRUSP) que havia sido tomada pela Divisão de Promoção Social da COSEAS e pelo banco Santander, inviabilizando a utilização do espaço como moradia estudantil. A então Moradia retomada foi uma forma de viabilizar moradia a estudantes que não conseguiam passar pelo “pente fino” da Reitoria para garantir o que deveria ser um direito: a moradia estudantil assegurada pela Universidade.

A realidade atual da Universidade de São Paulo é de uma grande disputa entre aqueles que defendem uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, autônoma, guardiã do livre pensar, e aqueles que querem o desmonte desse modelo. Rodas comprou essa briga! A privatização e terceirização dos serviços tem sido o carro chefe da Reitoria. Todos os últimos acontecimentos na USP são a tentativa de garantir a adequação ao projeto do governo do PSDB, de uma larga adequação do ensino público as demandas essencialmente privadas. Por isso que o Reitor Rodas é ofensivo na batalha contra os movimentos sociais organizados na Universidade. Rodas quer calar os milhares de estudantes, professores e funcionários que acreditam e lutam para construir uma USP cada vez melhor, mais segura e moderna, defendendo também seu caráter público e gratuito.

Queremos qualidade de ensino e não repressão!

Tendo em vista que a educação, especialmente o ensino público, não tem sido prioridade dos governos, a assistência estudantil tem se tornado cada vez mais precarizada. No Estado de São Paulo essa situação é ainda mais grave uma vez que para adequar a educação pública as demandas privadas, os estudantes sem poder aquisitivo não tem vez. Com a tentativa de construir Universidades cada vez mais elitizadas, a Assistência Estudantil está sendo literalmente desmontada.

Em todas as Estaduais Paulistas o problema de falta de bolsas, falta de moradia e serviços de assistência estudantil fazem parte da realidade universitária. As Reitorias e o Governo do PSDB tratam como caso de polícia o que deveria ser tratado como um direito. Além do triste ocorrido na USP nessa manhã, somado a expulsão dos 6 estudantes em janeiro, na Unicamp 6 estudantes também acabam de serem suspensos por 6 meses, sem direito a nenhum vínculo com a Universidade, por terem participado de uma luta por moradia estudantil. A repressão no campus, através da presença ostensiva da PM, fecha, portanto, um ciclo do fim completo da democracia, transparência e autonomia universitária, adequando as Estaduais Paulistas a um largo projeto de elitização e privatização.
A Assistência estudantil é um direito e deve ser tratada como tal. Acreditamos que ela deve ser plena, gratuita e de qualidade e por isso lutamos que a qualidade de ensino seja associada a uma política efetiva de assistência em termos de moradia, alimentação, saúde, cultura, lazer e demais condições necessárias ao desenvolvimento pleno da formação acadêmica.
Seguiremos na luta em defesa de uma USP pública, a serviço do povo pobre e trabalhador!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Matéria da Caros Amigos sobre a situação na Grécia

Greve contra medidas econômicas paralisa Grécia

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Entre medidas está demissão de milhares de funcionários públicos
Da Redação
grecia-greveEnfrentamento nas ruas e paralisação de vários serviços marcam a greve geral de 48 horas convocada por duas centrais sindicais da Grécia contra as medidas de austeridade para a economia e que afeta toda a população. A greve começou na sexta (10) e segue neste sábado (11) com manifestações nas ruas e em frente ao Parlamento. Entre as medidas está a demissão de 15 mil funcionários públicos, corte de 22% no salário mínimo; corte na verba da saúde e privatizações.
As novas imposições da troika (como é chamado o comitê que avalia as contas do país) foram aceitas pelo governo de Lucas Papademos e por 3 partidos (Pasok, Nova Democracia – direita - e Laos – extrema direita).
Cortes
O primeiro ministro grego, Lucas Papademos, e os líderes do Pasok, da Nova Democracia e do Laos estiveram reunidos durante 8 horas na quarta-feira (8). Aceitaram o corte de 22% no salário mínimo, a demissão de 15 mil funcionários públicos, novos cortes no orçamento da saúde (aceitando reduzir as despesas públicas com saúde para 1,5% do PIB), aceleração das privatizações. A reunião não chegou a acordo sobre outro corte que a troika queria impor: a redução de 15% no valor das pensões de reforma.
Mais:
Depois da reunião entre o atual primeiro ministro e os líderes dos três partidos, seguiu-se uma nova reunião de quatro horas entre a troika e Lucas Papademos e o ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, que não chegou a conclusões. No final, a troika deu novo ultimato, de 15 dias, ao governo grego para decidir cortes de mais 300 milhões de euros, ou acatar o corte de 15% nas pensões.Grecia-greve-i2
Acordo
Porém, ao fim da manhã da quinta-feira (9) o governo grego e o presidente do Banco Central Europeu anunciaram um acordo, (sem se conhecerem ainda os seus termos finais). Este acordo é anunciado antes da reunião em Bruxelas os ministros das finanças da zona euro, para debater o novo resgate da Grécia e o empréstimo de 130 mil milhões.
Em resposta às decisões do governo e dos líderes dos três partidos envolvidos, que ainda terão de ser votados no Parlamento Grego, as centrais sindicais Adedy (de funcionários públicos) e GSEE (de empregados do setor privado) convocaram uma greve de 48 horas para protestar contra os cortes. Em um comunicado conjunto, as centrais Gsee e Adedy declaram: "Este governo não tem legitimidade para tomar estas medidas. É a hora do povo".
As centrais convocaram ainda manifestações para a praça Syntagma, em frente ao parlamento, em Atenas - uma ocorrida na sexta feira, e as demais nesse sábado, às 11h, e domingo (12), às 17 horas.
Pena de Morte
grecia-greve-iAs centrais sindicais afirmam que "as medidas que o novo memorando contém, e sobre as quais se puseram de acordo os líderes políticos dos partidos que formaram o governo de coligação com a troika, constituem a pena de morte para a sociedade".
A situação social e econômica da Grécia é de verdadeira bancarrota, tendo o desemprego atingido uma taxa de 20,9%, mais de um milhão de pessoas desempregadas. As receitas públicas caíram 7% em janeiro, quando as previsões da troika eram de crescimento de 9%. As atuais previsões apontam que em 2012 o PIB da Grécia cairá mais de 5%.

Com informações também do Diário da Liberdade

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Violência contra estudantes na Fundação Santo André!!!


Durante ato contra o fechamento do Diretório Acadêmico feita pela reitoria, segurança supostamente patrimonial agride estudantes e inclusive xinga uma garota de puta. A repressão está se intensificando e assumindo diversas formas.