Rebeldia Socialista
"Numa sociedade que elimina toda aventura, a única aventura que resta é a de eliminar a sociedade"
sábado, 29 de dezembro de 2012
O Novo Movimento Estudantil e as Reitorias Repressoras - de Arthur Bispo
Salve, camaradas!
Disponibilizamos uma grande contribuição do professor da UFAL, Artur Bispo dos Santos Neto, sobre o movimento estudantil que surgiu na última década. Oferece um panorama histórico da organização estudantil e aborda também mais especificamente a onda de repressão aplicada pelas reitorias, correias de transmissão dos interesses neoliberais, país afora, visando aplicar com menor resistência as medidas privatistas da educação de interesse da burguesia.
Para que está estudando o tema o simplesmente busca por informações mais detalhadas, a contribuição de Artur Bispo pode dar uma boa mão.
Baixe aqui
O Novo Movimento Estudantil e as Reitorias Repressoras
Boa leitura e hasta la revolución!
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Lutar não é crime! Campanha contra a repressão
Salve, companheiros e companheiras,
o Espaço Socialista está encampando uma ampla campanha contra a repressão dos que lutam e dos trabalhadores em geral, oprimidos e explorados.
Envio abaixo o link para baixar nossos dois novos cartazes da campanha. Estão disponíveis para o uso de quem quiser colaborar na divulgação desta luta.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Nota da Juventude do Espaço Socialista - Pelo fim da repressão nas universidades
Como a repressão avança nas universidades brasileiras é fundamental sabermos o que está acontecendo com os estudantes em vários países (como no México e no Chile) e em diversos cantos do Brasil.
Na Unifesp, em Guarulhos, são mais de 100 estudantes processados, não sabemos ao certo quantos foram presos. Na USP, há menos de um ano, 73 estudantes foram presos, sofrem ainda processos criminais e muitos outros sofrem processos administrativos. Na Fundação Santo André a situação é parecida, cerca de 30 alunos sofreram ou ainda sofrem processos. Sindicâncias são abertas de forma arbitrária, os alunos são constantemente intimidados e a mobilização estudantil é vista como atividade criminal. Na UFES, federal do Espírito Santo, a repressão aos estudantes está na ordem do dia. A polícia tem livre acesso ao campus da Universidade e recentemente 3 estudantes foram detidos – todos faziam parte do movimento “Minha UFES, Minha Casa”, que reivindica a moradia estudantil. A permanência do trabalhador, principalmente o que luta, na universidade está cada vez mais questionada por meio de processos administrativos que visam à expulsão e processos criminais que tentam amedrontá-lo e afastá-lo da luta por outra universidade. Esses fatos não são produtos de uma coincidência, nem são fatos isolados. Estamos diante da criminalização da luta estudantil que é parte de um processo mais amplo de criminalização dos movimentos sociais.
Nós, estudantes, precisamos nos unir para enfrentarmos essa situação em cada faculdade, universidade, CAs e DCEs! Precisamos nos juntar nas lutas e aos movimentos sociais!
Reafirmamos nosso total apoio à luta contra a repressão e em defesa de todos os lutadores. Fazemos parte dos que lutam! Estamos juntos com os processados, não somos criminosos!
Defendemos um ensino público, gratuito e de qualidade. Pelo fim das perseguições, prisões e processos! Não aceitamos a criminalização do movimento estudantil e de nenhum outro movimento de luta!! Por uma educação a serviço dos trabalhadores!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
UNIFESP: vídeo desmente versão da PM
Novo vídeo mostra que a manifestação dos estudantes na UNIFESP Guarulhos foi pacífica e não gerou dano algum ao patrimônio da parte do movimento, desmentindo as acusações que motivam processos em cima dos estudantes e o risco inclusive à expulsão.
Em defesa da luta dos estudantes por uma universidade pública, gratuita e de qualidade para os trabalhadores e contra a repressão aos movimentos sociais!
domingo, 7 de outubro de 2012
Perseguição e repressão aos estudantes na Fundação Santo André
Divulgamos nosso material de denúncia.
Educação a serviço de quem?
>> Versão em pdf
A quem não sabe, atualmente, 7 estudantes da FAFIL estão sofrendo um processo de sindicância, movido pela reitoria da FSA. Acusados de vandalismo, perturbação da ordem e dano ao patrimônio público, os estudantes estão sendo chamados a responder a inquéritos que visam os incriminar, correndo estes ao final da sindicância o risco de ser expulsos da Universidade e perder seu direito de estudar. Professores também já foram desligados e estão sendo processados, a Associação dos docentes da FSA denunciou em uma carta aberta a perseguição aos professores.
Cacalano e seus parceiros de gestão têm acumulado impopularidade por meio dos ataques desferidos contra a comunidade acadêmica, como o aumento das mensalidades, o fechamento de turmas, sua férea política de cobrança de mensalidades, o impedimento da matrícula dos inadimplentes, seu autoritarismo e outras medidas e já tinham anterioremente ainda neste ano encampado processos administrativos contra outros estudantes.
Na tentativa de aplicar com maior tranquilidade uma política que só favorece a si própria, recentemente, a gestão Cacalano, com o fiel apoio de Miriam Lernic, Diretora da FAFIL, têm também marginalizado e fechado espaços históricos de representação e luta dos estudantes por não serem convenientes a aplicação desta política. Por esse motivo o Diretório Acadêmico, que é um histórico aglutinador da resistência contra esse tipo de políticas, foi emparedado e considerado ilegal.
Da legalidade para a ilegalidade, do legítmo para o ilegítimo, a reitoria apresenta: o samba da conviniência!
Apesar de não reconhecer a legalidade e legitimidade do Diretório, a reitoria entrou com processo contra uma estudantes representante do DA pedindo uma indenização de R$10.000,00.
Em 2009, a gestão Cacalano se elegeu de forma oportunista subindo nas costas do movimento estudantil, que rechaçava a reitoria da época. Para isso, àquele tempo, a gestão Cacalano considerava legítima a representação estudantil: hoje, não mais.
Fica claro portanto que para a reitoria, o reconhecimento ou não da representação estudantil é portanto abritrário, muda de forma quantas vezes for necessário, da forma que melhor convir.
Existe uma clara contradição dentro da FSA. Em seu discurso a Universidade defende a democracia, mas em sua prática cotidiana criminaliza a luta política. Contradiz igualmente seu próprio regimento e ordenamento jurídico que diz que todos podem se manifestar e se expressar, inclusive mediante críticas.
Diferentes gestões, o mesmo projeto..
A gestão Cacalano não pode ser vista porém como o único problema dos estudantes. Se fosse assim, a derrubariamos, como já derrubamos outros no passado e tudo se resolveria.
O projeto de Universidade que tenta aplicar a atual reitoria na FSA se assemelha a muitos outros aplicados em diversas instiuições de ensino no país, pois reflete uma política geral para a educação em uma sociedade comanda por uma minoria de empresários em detrimento das necessidades da maioria trabalhadora. Neste contexto, a educação está afinada ao seu projeto para a sociedade como um todo e se subordina às necessidades do capital e do mercado, o que inclui a tendência à elitização e privatização do pouco que resta do ensino de público superior de qualidade e a crescente mercantilização geral da educação por meio do incentivo às instituições de ensino privadas, com um assustador rebaixamento da qualidade de ensino.
Por uma outra educação
Lutamos por uma educação na contramão disso, que atenda às necessidades dos trabalhadores, que seja pública, laica, gratuita e de qualidade. Lutamos para que possamos tomar conhecimento do partimônio teórico produzido até hoje pela humanidade e que ele esteja a serviço do bem-estar da sociedade não do lucro de um punhado de capitalistas. Acreditamos que isso só é possível por meio da reorganização dos estudantes não só na FSA como nacionalmente.
Denunciamos a perseguição aos estudantes, por meio destas medidas arbitrárias, sem nenhum embasamento ou prova concreta, que impedem a livre organização dos estudantes
Lembramos à reitoria que não cabe a ela decidir sobre a legitimidade do D.A, e sim aos alunos, somente aos alunos, e estes elegeram sua diretoria e a consentem.
Repudiamos a tentativa da reitoria de desmobilzar o movimento estudantil para que mais facilmente aplique suas políticas de sucateamento da FSA
Entendemos as sindicâncias e processos administrativos em curso na FSA como parte de um processo maior de criminalização dos movimentos sociais e organizações de trabalhadores, como a prisão de 73 estudantes na USP, os processos administrativos a estudantes e funcionários, a repressão, violência e prisão dos estudantes da UNIFESP Guarulhos, a repressão aos diversos movimentos de luta por moradia no último período.
Alertamos para o cerceamento da liberdade de expressão cada vez maior e mais explícito dentro da Fafil, onde a livre organização dos estudantes está sendo tratada como uma atitude criminosa, passível de investigação e punição.
Reconhecemos o Diretório Acadêmico como ferramenta de luta dos estudantes.
Chamamos aos estudantes a construir uma ampla campanha contra a repressão dos que lutam, somando-se em repúdio às atitudes persecutórias da reitoria e em defesa do diretório acadêmico como ferramenta de luta legítima dos estudantes.
Juventude do Espaço Socialista
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Estudantes são presos arbitrariamente dentro da UFES
Na madrugada de ontem, 3 estudantes que participavam da exibição de um filme que acontece toda quinta organizada por estudantes do curso de geografia (Geo dub) foram presos sem apresentação de justificativa.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Repressão avança na UNIFESP
Mais de 100 estudantes processados.
Divulgamos abaixo a carta dos lutadores e manifestamos nosso total apoio à luta contra a repressão e pelo ensino público de qualidade.
Saudações socialistas!
Unifesp - Cartas aos estudantes
Carta aberta aos estudantes, professores, funcionários e aos moradores de Guarulhos Estamos sendo intimados um a um a prestar depoimento sobre o movimento em defesa da Unifesp de Guarulhos. Começou uma nova fase da perseguição política contra os estudantes que foram presos. O reitor e governo querem nos punir com a expulsão. Estamos diante da criminalização da luta estudantil por uma causa justa. Toda força à nossa campanha pelo fim dos processos e das perseguições! Vocês sabem perfeitamente que lutamos por uma causa. Em nenhum momento da greve e da ocupação da Unifesp Guarulhos, estivemos movidos por interesses particulares deste ou aquele grupo, deste ou aquele setor da universidade. Pôr em pé o edifício do campus foi e é nossa causa. Estamos certos que ninguém de sã consciência poderá dizer o contrário. Os estudantes que tiveram à frente do movimento assumiram com maior determinação a reivindicação junto ao reitor e ao governo federal. Por isso mesmo, somos mais de 100 estudantes processados pela Polícia Federal, juntando os dois processos. Uma parcela arca com dois deles, o que mostra que não era a repressão que os demoveria da causa e da justa luta. Logo após o fim da longa greve o reitor e o governo anunciaram a verba e o projeto de construção. Somente diremos que foi uma conquista quando inaugurarmos o novo campus. Mas, sem dúvida, nosso movimento, nossa ocupação, a invasão policial e as prisões coletivas obrigaram que as autoridades dessem um passo adiante. Obrigaram que um grupos de professores encastelado na burocracia da instituição viesse à luz do dia dizer que a Unifesp no Bairro dos Pimentas é temerária, sem sentido acadêmico e afastada de seu projeto elitista. A greve, a ocupação e as manifestações exigiram um debate, que ganhou as páginas da grande imprensa. Os três setores que compõem a universidade foram obrigados a se pronunciarem. Os professores – a maior parte – se colocaram contra os estudantes. Como se vê, não escondemos nada. Fomos transparentes em nossa reivindicação e firmes no uso do método coletivo de luta. Nosso movimento somente poderia ser assim porque lutamos por uma causa específica, que a da construção do prédio de Guarulhos e uma geral, que é a do ensino público e gratuito. Esse conteúdo e a movimentação coletiva explicam por que mais de 100 estudantes estão processados. A criminalização que sofremos objetiva quebrar a determinação com que enfrentamos a intransigência e resistência das autoridades em reconhecer as reivindicações e em atendê-las. Trata-se de uma ação política da reitoria e do governo, com apoio de setores autoritários e reacionários da burocracia universitária. Nós estudantes, selecionados para pagar por todo o movimento, somos vítimas da perseguição política. O processo que nos foi imposto é de ordem política. É escabrosa a imputação de “formação de quadrilha”. Deveria assombrar os professores que têm alguma ligação real com o ensino e a educação, que conservam alguma noção de verdade e que prezam pela política como força transformadora. Nossas reuniões, assembléias, manifestações e ocupação estão consagradas pelos movimentos sociais. Taxá-las de formação de quadrilha, de ação predadora e de violência gratuita é usar a justiça como instrumento da mentira, da falsificação. Viemos diante dos estudantes, dos professores, dos funcionários e da população defender nosso movimento e a sua causa. Fazemos uma campanha de denúncia contra esse processo judicial como criminalização política dos estudantes que ombrearam as forças contrárias às reivindicações e à nossa ação coletiva. Estamos sendo chamados um a um para prestar depoimento, como se a responsabilidade fosse individual. Assumimos a greve e a ocupação como um método coletivo de luta. Assumimos todos os conflitos que despertam. Mas como acontecimento social e político. A pecha de crime é uma arma do poder que nos oprime, contra o qual nos chocamos. Chamamos os estudantes e a todos que aceitem que há uma criminalização do movimento social a reforçarem nossa mobilização para derrubar o ataque ao direito de manifestação, tal qual expressou nossa greve e nossa ocupação. Pelo fim dos processos! Abaixo a criminalização das lutas! Derrotemos a perseguição política da burocracia universitária e do governo federal!Levantemos no alto a bandeira: construção já o campus de Guarulhos no Bairro dos Pimentas! --
Mas, quando entre camaradas
nos encontramos e ousamos sonhar futuros.
Quando a teoria nos aclara a vista
e com o povo,
ombro a ombro,
marchamos.
Respondemos: vale a pena viver,
quando se é comunista. (Mauro Iasi)
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