Em: http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/
Sempre reparo no exagero e no desperdício de forças quando a Polícia Militar usa duas, três viaturas para acabar, por exemplo, com uma festinha caseira em SP.
Poderia ser melhor distribuído esse aparato, afinal de contas a festa, mesmo quando de arromba, não deixará mortos e feridos. Até os românticos sabiás da madruga de SP sabem que a simples ronda de uma viatura previne contra muita bagaceira criminal por ai. Manda uma viatura para a festinha, se é que é o caso, e libera as outras para o resto da cidade.
Nunca entendi mesmo a tabuada que a Secretaria de Segurança Pública de SP utiliza para os seus cálculos.
Um atento leitor deste blog me chama a atenção agora para um destas contas da calculadora patafísica.
Na super, mega, ultra operação de retirada dos estudantes da reitoria da USP, a PM pôs uma volante com 400 homens da sua tropa de choque. Não contemos os cães, estes não pensam, apenas obedecem às sinetas de Pavlov. Do outro lado: 70 alunos.
Mais de cinco para cada “elemento invasor”. Quando a ocupação é de sem-teto, por exemplo, a proporção se repete ou supera.
O clássico do próximo domingo no Pacaembu, Corinthians x Palmeiras, tem estimativa de público de 37,8 mil pessoas.
Continuemos aplicando, por favor, os métodos da ciência patafísica nas nossas contas.
Pois saiba que o plano da PM para o jogão superlativo do Brasileirão é de reforçar o policiamento. A promessa é de escalar entre 200 e 300 homens. O normal é o uso de 100.
Repare no que disse o coronel Walmir Martini, um dos responsáveis pela segurança do clássico, nesta Folha.com.:
“Este é o jogo de maior perigo no ano e o que nos demanda a maior atenção". "Nossa preocupação é o Palmeiras evitar o título do Corinthians. Teremos um barril de pólvora ali."
Paz aos homens de boa vontade. Dentro e fora de campo. Só queria entender essa tabuada militar.
Algum fã aí da sabedoria patafísica, corrente à qual sou filiado desde o berço, me explica?
Em troca, esse generoso blog diz, para quem ainda não sabe, que a patafísica vem a ser a ciência das soluções imaginárias e das leis que regulam as exceções. Foi criada pelo dramaturgo francês Alfred Jarry (na ilustração acima), em 1907.
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